A evolução do shonen nos últimos 20 anos: de Naruto a Jujutsu Kaisen — por que a fórmula ainda funciona?
“Ah, shonen é tudo igual.”
Quantas vezes você já ouviu isso?
Mas e se a gente dissesse que… sim, a fórmula é basicamente a mesma — mas ela evoluiu. Cresceu junto com a gente. E é exatamente por isso que ainda funciona tão bem.
Neste post, a gente relembra como o shonen mudou nas últimas duas décadas e por que continua sendo um dos gêneros mais queridos da cultura otaku.
Naruto e o início de uma era emocional
Nos anos 2000, “Naruto” não foi só um sucesso: foi um marco.
Ele pegou os elementos clássicos do shonen (superação, rivalidade, poder oculto) e misturou com dor real, abandono, rejeição e uma mensagem que todo mundo precisava ouvir:
“Nunca desista dos seus sonhos.”
Naruto deu humanidade ao gênero. Não era só sobre vencer — era sobre pertencer.
Os Big 3: One Piece, Bleach e o auge do hype
Depois de Naruto, o trono do shonen foi compartilhado com “One Piece” e “Bleach”.
Foi a era de ouro das lutas épicas, poderes absurdos, arcos intermináveis e vilões que voltavam 10 episódios depois de morrer.
Só que com o tempo, o público mudou. A galera queria algo mais direto, menos enrolação, e — pasmem — personagens com mais camadas emocionais.
A nova escola: sentimentos em destaque
Veio então a nova geração com “My Hero Academia” e “Demon Slayer”.
Deku é inseguro, Tanjiro é empático até com quem deveria ser seu inimigo.
O que antes era só grito e poder virou trauma, flashback, trilha triste e soco emocional.
A animação também mudou de nível. Agora é quase cinematográfica. A fórmula do shonen não foi abandonada — foi refinada.
Jujutsu Kaisen e o shonen da geração do caos
“Jujutsu Kaisen” representa o ápice dessa renovação.
É sombrio, intenso, violento — e cheio de dilemas morais.
Mas no fundo, a estrutura continua shonen:
amizade, superação, perder tudo e continuar em pé.
Só que agora a mensagem vem com sangue, trauma e personagens que parecem mais humanos do que heróis.
E por que essa fórmula ainda funciona?
Simples:
Porque o shonen fala sobre crescimento.
Fala de ser rejeitado, mas continuar tentando. De cair, mas levantar.
De perder, mas não desistir.
Shonen é sobre amadurecer — emocionalmente, mentalmente, espiritualmente.
Por isso ele nunca morre. Ele só evolui com a gente.
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Se quiser, posso seguir com os próximos roteiros nesse mesmo formato para blog. Quer que eu continue com o próximo?
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